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Por Pedro Paulo Carvalho | 27/02/2025

Saiba o que é o Transtorno Opositor Desafiador

Condição é comum na infância e causa dificuldades sociais e educacionais

O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é um distúrbio caracterizado por um padrão persistente de comportamentos desafiadores, desobediência, hostilidade e atitudes negativas em relação a figuras de autoridade. A condição geralmente se manifesta em crianças de dois a oito anos, mas também pode ser diagnosticada em adolescentes. Dados da Agência Einstein, plataforma que de conteúdos de ciência e saúde, sugerem que esse transtorno tem prevalência em cerca de 12% de crianças entre cinco a dez anos, sendo mais comum em meninos. 

 

Raquel Melo, professora de Terapia Cognitivo Comportamental do curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA), explica que o TOD pode se manifestar em qualquer criança, mas alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do distúrbio. “Aquelas que têm histórico familiar de transtornos de conduta, apresentam problemas emocionais, dificuldades de comportamento ou outros transtornos de saúde mental, sofrem algum tipo de abuso ou negligência, estão em maior risco”, destaca.

 

Estimativas do Social Mentes, uma clínica interdisciplinar especializada no atendimento do autismo, apontam que cerca de 16% das crianças em idade escolar serão diagnosticadas com este transtorno nos próximos anos. Raquel destaca que as crianças que têm dificuldades em regular as emoções enfrentam dificuldades sociais e na escola, e que é essencial que elas recebam avaliação e intervenções adequadas para ajudar a gerenciar os comportamentos desafiadores e para terem um desenvolvimento saudável.

 

Pequenas desobediências são normais em crianças pequenas, porém no TOD, o comportamento é mais intenso e frequente. Em sua maioria, os comportamentos opositivos e desafiadores são mais comuns em casa e na escola. Identificar esse transtorno pode ser complexo, mas é importante que os pais estejam atentos aos sinais e sintomas abaixo, caso sejam recorrentes:

 

Atitudes hostis – demonstração de raiva e hostilidade, especialmente em situações em que se sentem contrários a regras ou limites;

 

Culpabilização dos outros – transferência da culpa para os outros por seus erros ou comportamentos inadequados, mostrando dificuldade em assumir responsabilidades;

 

Desobediência – desafio de regras, recusando-se a obedecer a instruções, discutindo repetidamente com adultos. Isso vai além do que é considerado normal para a idade;

 

Desregulação emocional – dificuldade significativa em regular emoções, resultando em explosões emocionais desproporcionais a situações;

 

Dificuldade em manter relações – dificuldade para se relacionar com colegas e adultos, muitas vezes devido ao comportamento desafiador e à falta de respeito pelas regras sociais;

 

Falta de Paciência – impaciência e dificuldade ao lidar com frustrações;

 

Intolerância à perda – incapacidade de lidar bem com perdas ou críticas, reagindo de forma exagerada;

 

Irritabilidade – facilidade para se irritar, mostrando raiva intensa e períodos de temperamento;

 

Mentiras e manipulação – capacidade de mentir ou manipular situações para evitar punições ou obter o que desejam;

 

Vingança – comportamento vingativo contra pessoas que a tenham reprimido. Isso pode ocorrer por meio de comportamentos agressivos, verbais ou físicos.

 

O profissional mais capacitado para diagnosticar o transtorno opositivo desafiador é o psiquiatra, especialmente um que tenha experiência em psiquiatria infantil e adolescente. No entanto, outros profissionais de saúde mental, como psicólogos também podem realizar avaliações e contribuir para o diagnóstico, utilizando ferramentas de avaliação adequadas e entrevistas clínicas.

 

Para contornar o TOD, os pais podem adotar estratégias úteis como o estabelecimento de regras claras, aplicação de consequências em caso de desrespeito e incentivo a comportamentos positivos por meio de elogios e recompensas. O uso da comunicação assertiva, terapia familiar e atividades físicas também podem ser ações benéficas.  “Tudo isso ligado a consultas com profissionais pode ser útil para encontrara a melhor forma de avaliar adequadamente a situação e sugerir intervenções terapêuticas”, ressalta a docente.

 

 

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