19/12/2024
Medicina Veterinária de animais silvestres: desafios e oportunidades
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Não faz muito tempo, ainda lá pelos anos 90, o professor era tido como uma das principais fontes de informação. Tivemos livros e tínhamos as saudosas Barsas, claro. Contudo, nem sempre o acesso a esses recursos era algo fácil. E, quando a intenção era inovar com métodos atrativos, na sala de aula exigia-se muita criatividade, já que a tecnologia na educação, como a que temos hoje, era algo ainda impensável.
Nessa época, quadro-negro era um dos principais artifícios. Videocassete só tinha em grandes escolas. E, quando alguém faltava à aula, era preciso encontrar um colega disposto a emprestar o caderno, para a matéria ser copiada.
Hoje, a cena típica é: estudantes, com smartphone, tirando fotos do quadro. Também temos uma diversidade de cursos, graduações e pós-graduações online, todas feitas em casa, sem muita necessidade de deslocamento. Na sala de aula, óculos de realidade virtual deixam os estudantes imersos a uma aprendizagem mais complexa.
Conversamos com Katia Cristian Puente Muniz, doutoranda em Psicanálise e Sociedade pela UVA, além de docente híbrida no curso de Pedagogia da UVA. Ela nos contou sua visão sobre essa transformação da tecnologia na educação. Acompanhe!
O avanço dos recursos tecnológicos foi grande nos últimos anos e a educação é uma das maiores beneficiadas. Quando nos damos conta desse isolamento imposto pela pandemia, isso fica ainda mais evidente, já que muitos de nós contam com a comodidade de assistir às aulas dentro de casa.
Katia considera a tecnologia um dos vários elementos da cultura. “Sempre tivemos instrumentos, técnicas e métodos para resolver um problema. Na antiguidade, por exemplo, o machado e o fogo foram recursos bem sofisticados e que contribuíram com a nossa evolução. No mundo digital, as tecnologias potencializam ainda mais as necessidades humanas, sendo um importante meio na relação ensino e aprendizagem”.
Para Katia, essas soluções permitem a fluência do processo educacional, mesmo em cenários difíceis, sendo uma aliada do educador. Mesmo assim, os melhores resultados chegam, apenas, quando existem objetivos: “não adianta usar técnicas ricas e sofisticadas, se não ficar evidente o motivo que sustenta o ato de ensinar e aprender”, considera.
Segundo Katia, quando falamos sobre as vantagens de usar tecnologia, podemos nos lembrar da exploração nas formas de propiciar educação, que coloca o estudante em diálogo com os saberes. A autonomia no processo de aprendizagem também conta, pois permite o ato de aprender a partir do perfil de amadurecimento de cada um.
Isso favorece um maior conhecimento. O estudante não precisa, por exemplo, acompanhar toda turma para aprender. Tem o ganho de fazer isso no seu ritmo, que pode ser mais lento ou mais rápido, não importa. Somado a isso, a tecnologia na educação aumenta a democratização no ensino. “O estudante se torna coautor da curadoria e pesquisa dos saberes”, completa.
Ela também considera que o docente sai ganhando: “interessante observar que é um benefício para todos. O professor é desafiado a rever sua forma de planejar e de orientar os estudantes, inclusive quanto às formas de avaliação, cada vez mais formativas”.
Os recursos tecnológicos podem acrescentar habilidades nos estudantes, transformando-os em profissionais completos. Contudo, para isso acontecer, Katia defende ser preciso escolher os instrumentos adequados. A proatividade, por exemplo, pode ser moldada por meio das aulas online, que obrigam o aluno a ter disciplina. Mas isso não significa que qualquer outra solução propiciaria a mesma coisa.
“Acredito ser essencial ajudar o estudante no seu crescimento, tornando-o, por exemplo, capaz de identificar um problema, levantar suas causas, encontrar estratégias e propor soluções inovadoras”. Habilidades de autonomia e de relação interpessoal também podem ser interessantes, quando pensamos em profissões. “Contudo, não diria que a tecnologia, por si só, ajuda na mobilização dessas competências. É preciso saber usá-la”, completa Katia.
Para o profissional professor, os recursos modernos também os tornam mais completo. “Hoje, mais do que nunca, ele precisa de uma educação continuada, que não acontece apenas na sua área do saber, mas, também, em como impulsionar seu conhecimento. Assim como o aluno, ele se torna um aprendente”.
Existem diversos métodos de tecnologia na educação. A gamificação, por exemplo, mistura games com uma aprendizagem lúdica e é uma forma de fornecer conhecimento, enquanto instiga a vontade de aprender. Uma aula de Biologia, sobre plantas, com uso de realidade virtual, permite uma aprendizagem mais dinâmica. Estudar Sociologia analisando seriados da Netflix é uma forma de deixar o conteúdo mais compreensível.
Da mesma forma, plataformas digitais de ensino são interessantes, pois permitem o contato entre professores e alunos, ainda que a distância. A UVA tem a vantagem de já ser digital. As aulas online e os cursos intermediados pelo ambiente virtual têm fornecido aos alunos excelentes atividades educacionais, ainda mais agora, na quarentena.
“Temos propiciado isso, inclusive, em atividades como estágios, projetos, apresentações de TCC, defesas de pós-graduação, eventos culturais, laboratórios virtuais de saúde. Há tecnologias disponíveis a cada necessidade e momento do curso”, revela Kátia.
A doutoranda também conta que, nesse momento, a universidade se preocupou em escolher recursos que já faziam parte do cotidiano do estudante. Assim, a UVA tem usado, junto, WhatsApp, Telegram, Facebook, Skype, Instagram e YouTube.
Além da inovação na educação, a automação já atingiu o mercado de trabalho e, certamente, continuará influenciando-o. Mesmo antes da pandemia, já víamos uma tendência para o home office, por exemplo. A internet e os recursos para mediar conversas, reuniões e entrega de trabalho também já fazem parte da atual vivência.
Diversas áreas profissionais têm sido impactadas positivamente. No Direito, por exemplo, a inteligência artificial já ajuda advogados na preparação da defesa. Na Psicologia, recursos de realidade aumentada podem ajudar um paciente com fobia social a treinar apresentações orais.
Pensando em um futuro próximo, Kátia acredita que a tecnologia na educação seguirá um modelo híbrido, repensando o tempo e o espaço. “Ainda estamos presos a uma relação educacional físico-local-temporal. No entanto, a disrupção de tempo e espaço é uma forma de se desafiar a gerar respostas novas para problemas antigos. Como dizia Albert Einstein: ‘criatividade é inteligência se divertindo’. Eu acrescentaria: as tecnologias são como um playground para essa diversão”, finaliza.
Aqui na Universidade Veiga de Almeida, temos uma diversidade de cursos a distância para possibilitar uma aprendizagem completa e com qualidade. Caso tenha dúvidas sobre nosso processo, é só entrar em contato!
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