Por admin | 02/05/2024

Pela primeira vez imagens registram paca em parques naturais na zona Oeste do Rio

Outros mamíferos também foram encontrados circulando entre os parques por meio do Corredor das Taxas

Pesquisa de docentes e aluna do curso de Ciências Biológicas da Universidade Veiga de Almeida (UVA) constatou que espécies silvestres nativas de mamíferos estão circulando entre os parques naturais Chico Mendes e Marapendi, utilizando o Corredor das Taxas, ligação natural criada entre as duas áreas. Foi a primeira vez que a presença dos animais foi efetivamente confirmada, antes havia apenas suposições de existirem no local por análises históricas. Os parques ficam localizados no Recreio dos Bandeirantes, zona Oeste da cidade do Rio.

 

A constatação confirma a importância da criação de corredores naturais entre parques por permitirem que as espécies conquistem mais espaço para viver, reduzindo assim a ameaça de extinção. Durante o estudo foram flagrados, por meio de fotos, tatus-galinha (Dasypus novemcinctus), capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), gambás (Didelphis aurita), mãos-peladas (Procyon cancrivorus) e também a paca (Cuniculus paca).

 

Esta última espécie ainda não tinha sido registrada no Parque Natural Municipal Chico Mendes. A paca é um animal que corre sério risco de extinção por causa do possível aproveitamento da sua carne. A circulação das várias espécies foi registrada por armadilhas fotográficas instaladas em 2020 e 2021.

 

A pesquisadora coautora do levantamento e professora do mestrado profissional em Ciências do Meio Ambiente da UVA, Cecilia Bueno, alerta que “esses animais ainda estão presentes lá, mas a presença deles a longo prazo depende da conservação dos parques e da manutenção correta das áreas de interligação naturais. Também demonstra a importância de se criarem mais áreas interligadas naturalmente”. A especialista acrescenta que estudos como esses são importantes por darem a certeza de que, mesmo em um ambiente urbanizado, os animais têm capacidade de persistir quando são criadas condições favoráveis.

 

Durante o estudo, foi verificada ainda a presença de espécies exóticas também utilizando o corredor ecológico e, por consequência, nos dois parques. Neste grupo estão gato-doméstico (Felis catus), saguis-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) e rato-preto (Rattus rattus). “É um alerta de que é preciso um manejo adequado dessas espécies exóticas”, acrescenta.

 

A professora reforça que levantamentos de espécies no local (in situ) são extremamente importantes por garantirem a presença dos animais, em vez de apenas ser elaborada uma lista com a provável ocorrência deles em determinada região porque no passado pertenciam àquele habitat. “Este trabalho precisa ser complementado com a manutenção do corredor e o manejo das espécies exóticas”, adverte.

 

A ampliação das áreas protegidas e a implementação de novos corredores ecológicos são importantes por reduzirem os efeitos da fragmentação dos ecossistemas, uma vez que promovem uma maior área de vida para as espécies e conexão entre áreas naturais.

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