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Por admin | 21/02/2022

Isolamento social pode impactar o desenvolvimento oral das crianças

Famílias devem observar a troca de fonemas, que afeta o processo de aprendizagem e a alfabetização. UVA oferece atendimento comunitário em Fonoaudiologia

O retorno das aulas presenciais está trazendo aos pais desafios que vão além da readaptação de crianças e jovens à rotina das escolas. Os dois anos de ensino remoto impostos pela pandemia da Covid-19 causaram impactos no desenvolvimento dos alunos que vão exigir atenção redobrada de professores e responsáveis nesta retomada. Para crianças que deveriam ter iniciado sua trajetória escolar durante os anos de confinamento, a ausência da interação social com colegas e mestres pode trazer complicações no desenvolvimento da fala e, consequentemente, impactar o processo de alfabetização, alertam fonoaudiólogos. 

 

 

Para Fabrícia Duarte, coordenadora do curso de Fonoaudiologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA), o uso de telas que foi tão disseminado durante o período de isolamento social é muito prejudicial para o desenvolvimento da oralidade.   

 

 

“Esse foi sem dúvida um dos grandes problemas para o desenvolvimento oral das crianças. As telas não geram trocas e a interação social é fundamental para este desenvolvimento. Além do contato com seus colegas, os alunos precisam do estímulo de um adulto, pois tendem a reproduzir o modo de fala dos mais velhos. Infelizmente, durante a pandemia muitos pais não conseguiram, por conta da rotina de trabalho e afazeres domésticos, promover este estímulo fundamental ao avanço da oralidade”, explica Fabrícia. 

 

 

Se a volta ao presencial pode gerar as interações sociais necessárias ao enriquecimento do vocabulário infantil, o uso das máscaras, ainda obrigatório em ambiente escolar, pode ser mais um fator a impactar o desenvolvimento da fala. 

 

 

“As crianças podem ter dificuldades de discriminar fonemas por causa do uso de máscaras, sem falar na impossibilidade de visualizar o posicionamento da língua e dos lábios de seus interlocutores. Essas dificuldades podem acarretar futuras trocas de fonemas na fala das crianças, o que impacta diretamente o processo de alfabetização”, alerta. 

 

 

Diante de um cenário tão desafiador, a fonoaudióloga destaca a importância da parceria entre a escola e as famílias, que devem estar atentas ao desenvolvimento da oralidade das crianças, principalmente na faixa etária que vai de 1 a 4 anos de idade.     

 

 

“A sociedade precisa estar alerta a este e outros impactos que a pandemia causou no desenvolvimento de crianças e jovens, que podem reverberar na interação entre os alunos nesta volta às aulas e no processo de aprendizagem. Temos profissionais especializados, como fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos, que podem orientar as famílias nesta retomada”, lembra a professora. 

 

Serviço 

 

A UVA oferece atendimento comunitário na área de fonoaudiologia no Centro de Saúde Veiga de Almeida, que fica na Praça da Bandeira. Mais informações pelo Whastapp: (21) 99583-5274. 

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